19 de maio de 2011

A mão que escreve, é a que revela meus rabiscos.


Me perdia de mão dadas com minha imaginação. Meu coração gritava em um desespero descompassado. Um som mudo que, agora, se convertia em lágrimas que, impiedosamente, insistiam em imitar a chuva que começava a salpicar as ruas. Era tão semelhante que eu quase cheguei a acreditar que alguém lá em cima sabia como eu me sentia. E talvez soubesse. A rua, de repente deserta, me pareceu o mais acolhedor colo. O mais sincero consolo. Então clamei: por favor, não apague o calor do amor. A sociedade já faz isso por si só, mas enquanto um souber como é se aquecer dessa forma, ele sobreviverá. Não o transforme em algo banal. Não diga o que não sente. 
 
O sentimento é importante demais para mim. Mas infelizmente os sussurros do coração só são ouvidos por quem os quer ouvir. O orgulho o cala. Você é capaz de ouvir seu coração? Você é capaz de ouvir meu coração? Não pense muito. Você vai descobrir graves motivos para não arriscar. E é nesse ponto em que você acaba por cometer um erro. Siga seus instintos. Posso fazer você sumir da minha cabeça, se assim o quiser. Mas saiba que nunca poderei mentir ao meu coração. A mentira pesa. Não a quem contou. Mas quem a escuta ganha um mundo de ilusão, dúvidas, insensatez, medo. A pessoa se fere, e isso, talvez, seja o que a faz mudar. A sensação da liberdade devolvida é maior que a mágoa da sua doce lembrança. Se você gostaria que eu não mudasse nunca, guardasse uma foto minha.
 
Créditos: Caio SouZa e Juliana SouZa

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